PERU e BOLÍVIA | Roteiro de 5 semanas

Índice do Artigo

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Destino partilhado por Sarah e Nuno (Viagens Daqui para ali)

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Itinerário:

Lima (3 noites), Paracas (1 noite), Huacachina (1 noite), 1 viagem de noite para Arequipa (3 noites), viagem de noite para Cusco e partida imediata para Ollantaytambo (1 noite), Aguas Calientes (2 noites), Cusco (7 noites), Puno (1 noite), Copacabana (1 noite), Ilha do Sol (1 noite), La Paz (4 noites), 1 viagem de noite para Uyuni, Salar de Uyuni e Sul Lípez (2 noites), Uyuni (1 noite), Sucre (4 noites), Santa Cruz (1 noite).

Algumas informações úteis

Viagens de avião:

Reservado pela KLM, Porto – Lima (com escala em Amsterdão) e Santa Cruz (Bolívia) – Porto (com escalas no Panamá e em Amsterdão). Custo das viagens ida e volta por pessoa: 650€.

Preços médios (Peru vs. Bolívia):

  • Água engarrafada 500mL: 1 ou 2 soles (Peru), 4 ou 5 bolivianos (Bolívia)
  • Cerveja num bar: 10-15 soles, 20 bvs
  • Almoço (diária com sopa, entrada, prato principal, sobremesa e chá): 15 soles, 25 bvs
  • Noite em hostel: 20€ com WC privativo (média em ambos)
  • Pizza média: 30/40 soles, 60/70 bvs                               
  • Empanada de queijo no Peru: 5.5 soles

Recomendações sobre os autocarros no Peru e na Bolívia:

  • Convém não esquecer que, nestes países, as estradas são muito perigosas e infelizmente existem muitos acidentes mortais.
  • Os autocarros são baratos (por vezes muito baratos), a oferta é grande e muitas vezes torna-se confuso na hora de escolher a melhor companhia.
  • No Peru, a companhia “Cruz del Sur” é conhecida como uma das mais seguras do país, mas também das mais caras. Foi a nossa escolha durante praticamente todas as deslocações entre cidades e, apesar de ficar um pouco mais caro, ficámos satisfeitos com o serviço (mesmo com uma avaria de 1h no meio do nada, numa das viagens). A Oltursa também parece ter boas condições de transporte.
  • Para poupar uma noite num hostel, pode viajar de noite, e para tal, recomendamos escolher os assentos “cama” com inclinação de 180 graus, para maior conforto.

Roteiro

Lima:

Lima é gigante, mas o centro histórico pareceu-nos pequeno. Miraflores (a Sul do centro) é o bairro onde se encontram mais turistas e por isso tudo (principalmente a comida) é um pouco mais caro. Barranco é um bairro mais a Sul, que achámos muito bonito pelas cores e mais autêntico que Miraflores.

A melhor maneira de ir do centro até Miraflores ou Barranco (ou vice versa), é utilizar o Metropolitano “Ruta C” que não é um metro mas sim um autocarro com via própria na estrada e por isso mais rápido. Compra-se um cartão (5 soles) e carrega-se com viagens (2,5 soles cada). Um táxi entre o aeroporto e o centro são 50 soles. Também existe Uber.

Lima

Paracas:

É uma cidade muito pequena (quase aldeia) de onde partem barcos todos os dias para as ilhas Ballestas para um passeio de 2h (40 soles + 15 soles para entrada na reserva natural), onde se pode ver leões marinhos, aves marinhas e, por vezes, pinguins!

Ilhas Ballestas

Huacachina:

Um oásis no deserto no Peru! Gostámos muito pela paisagem incrível e tivemos pena em ficar apenas 1 noite. Recomendamos ficar 2 noites para poder apreciar a beleza deste sítio. Também recomendamos efectuar um passeio de buggy pelas dunas (35 soles) às 16h para se poder ver o por de sol nas dunas: é mágico!

Deserto Huacachina

Arequipa:

Arequipa, considerada a cidade branca, tem um ambiente muito descontraído e gostámos muito da paisagem ao redor (2 vulcões visíveis desde o centro e desde “Yanahuara”). Visitámos o Museu Santuários Andinos (20 soles + gorjeta) no qual se pode ver, nomeadamente, a famosa múmia Juanita, que achámos interessante. Contudo, foi pelo Monastério Santa Catalina (40 soles) que nos apaixonámos, ainda “perdemos” umas horas dentro, com tantas ruas coloridas!

Monastério Santa Catalina em Arequipa

Vale Sagrado (região de Cusco):

Existem boletos para visitar o Vale Sagrado, compram-se em Cusco (na “Municipalidad del Cusco”) na Avenida del Sol. O boleto clássico permite entrar em 14 sítios (incluíndo museus) num prazo de 10 dias e custa 130 soles. O boleto parcial, que nós escolhemos, custa 70 soles, é válido 2 dias e permite entrar nestes 4 sítios:

  • Ollantaytambo – Pequena mas agradável cidade de onde muitos viajantes partem de comboio para o Machu Picchu por ser um pouco mais barato do que partir desde Cusco.
  • Moray – Apesar do sítio arqueológico de Moray ser interessante, o que mais nos marcou perto de Moray foram as Salineras de Maras, é uma paisagem incrível, com centenas de poças de água com sal, no meio de montanhas verdes. Definitivamente uma das mais belas paisagens que já vimos. Custo de entrada pago a parte: 10 soles.
  • Chinchero – Não visitámos o sítio arqueológico mas entrámos numa fábrica de tecidos típicos da cidade onde nos foi explicado como tingem a lã (alpaca ou lama) e tecem peças de roupa.
  • PísacPor falta de tempo, apenas visitámos a primeira parte das ruínas e não vimos o famoso templo do Sol de Písac. Aconselhamos ir de táxi e descer a pé pelo caminho pedestre até chegar à cidade de Pisac, de onde podem apanhar outro meio de transporte. Desta forma, visitam o sítio arqueológico todo, sem ter de andar para trás até à entrada.
Ollantaytambo Vale Sagrado
Salineras Maras
Moray

Cusco:

A cidade de Cusco é muito turística dada a sua proximidade com o Machu Picchu (a cada dois passos, alguém pergunta se precisa de luvas/gorro, passeio turístico ou até massagens!) e por isso é mais cara a nível de alojamento e de comida.

Cusco Plaza de Armas

Está situada a 3400 metros acima do nível do mar, deve então ter em atenção que poderá sentir os efeitos da altitude principalmente se vier de Lima directamente de avião. Nem toda a gente tem o mal de altitude (chamam-lhe o “soroche”), é muito aleatório e, por exemplo, nós não tivemos nenhum sintoma, apesar do Nuno ter asma.

Cusco

Machu Picchu –Irá certamente organizar a sua viagem para o Machu Picchu desde Cusco. Existem muitos meios de lá ir, da opção mais barata à opção mais cara. Uma das primeiras coisas que deve fazer antes de subir ao Machu Picchu é comprar os bilhetes para o sítio pois não se vendem à entrada mas sim em Cusco ou em Aguas Calientes. São 152 soles (40€) e terá de escolher entre o horário da manhã (das 6h às 12h) ou de tarde (a partir das 11h até ao fecho, às 17h).

Se quiser subir o “Wayna Picchu” ou a “Montaña”, terá obrigatoriamente de escolher o horário da manhã, sendo que os preços são diferentes e no caso o “Wayna Picchu”, a reserva tem de ser feita preferencialmente 2 meses antes, pela internet.

Machu Picchu

Opções para ir até ao Machu Picchu:

– De minivan: Contar com 7h de viagem de carrinha + 2h de caminhada até Aguas Calientes. Pondere passar 2 noites em Aguas Calientes se escolher este meio de transporte. Custo do transporte por pessoa: 60 soles (15€ ida e volta). Foi esta opção que escolhemos, contudo, não a recomendamos em época de chuvas.

Inca Trail ou Salkantay Trail são exemplos das caminhadas mais conhecidas para chegar ao Machu Picchu. Contudo, para alguns trilhos, terá de reservar com antecedência e os custos variam muito consoante as ofertas (entre 300 a 500 dólares, pelo que vimos).

– De comboio: Esta é a opção mais rápida e mais segura mas tem um custo elevado pois são cerca de 150€ ida e volta para uma viagem de apenas 3h! Muitos viajantes escolhem partir desde Ollantaytambo pois fica (um pouco) mais em conta.

Caminho Aguas Calientes

Rainbow Mountain:

Apesar de ser um sítio que se pode visitar há apenas 3 anos, está sempre cheio de gente e pode tornar a experiência menos agradável. Para nós, foi o dia mais inesquecível em toda a nossa viagem! Talvez graças ao nosso guia, que foi muito profissional e dedicado: chegámos ao topo da montanha ao nosso ritmo (mais de 5000 metros de altitude) após uma difícil subida de 2h e fomos dos últimos a sair, por isso, tivemos o privilégio de poder apreciar a montanha quase sem ninguém! Simplesmente sem palavras, é lindo de chorar!

A agência com a qual fizemos esta tour foi a “Inti Paradise”, o guia era o César. Recomendamos a 100%! Preço: 70 soles (incluído preço de entrada de 10 soles para a montanha).

Rainbow Mountain

Puno:

Chegámos ao final do dia em Puno e só pernoitámos lá para atravessar a fronteira com a Bolívia no dia seguinte: os postos fecham às 18h (hora do Peru) ou às 19h (hora da Bolívia). Optámos por não visitar Puno e o lago Titicaca do lado peruano mas sim pelo lado Boliviano (cidade de Copacabana).

Lago Titicaca – Copacabana e Ilha do Sol:

Situada nas margens do lago Titicaca, Copacabana é uma cidade muito pequena e é o ponto de partida para a famosa Ilha do Sol. Para ter uma boa vista da cidade de Copacabana, pode ir até ao monte “Calvario”, demora uns 40 minutos a subir (ou mais, já que a altitude também dificulta estes esforços).

Copacabana

O Lago Titicaca é o lago mais alto do mundo (com 3800 metros de altitude) e pela sua extensão (mais de 8000km2), parece que estamos perante o mar e não um lago!

Para ir até a Ilha do Sol, pode apanhar um barco (saídas 2 vezes ao dia), custa 20 bolivianos e o trajeto demora 1h30. A Ilha do Sol é bonita e muito pacata, no entanto, houve recentemente conflitos entre as comunidades do norte e do sul da ilha, o que resultou no corte da parte do norte da ilha, agora fechada ao turismo.

La Paz:

Capital administrativa da Bolívia, La Paz é também a capital mais alta do mundo, com 3200 a 4000 metros de altitude. É dividida em zonas: o centro histórico (no meio do vale), El Alto (parte mais alta da cidade e também a mais pobre), Sopocachi e zona Sul (zonas mais recentes e menos pobres). Para se deslocar de um ponto ao outro (centro histórico para zona sul, por ex.), utilizámos várias vezes os “micro” buses (muito coloridos), têm os destinos inscritos no pára-brisas e pode simplesmente parar ao pedir (um bilhete custa em média 1.80 Bs). O teleférico é um meio de transporte também muito interessante de se fazer, principalmente para apreciar as vistas da cidade, cada viagem custa 3 Bs.

La Paz – El Alto

No centro histórico de La Paz, nota-se que a Bolívia ainda não conheceu o impacto do turismo de massa pois ainda é tudo muito autêntico, com a confusão das ruas, o mercado das Bruxas e os fetos de lama por todo o lado: de facto, ainda existem rituais indígenas em que se deve queimar fetos de lama, entre outras coisas, para agradar à Mãe Terra, a Pachamama.

Um espectáculo engraçado de se ver é a luta das cholitas (realiza-se ao domingo na zona do El Alto) onde mulheres com trajes típicos “lutam” entre elas e/ou com homens. Não passa de um teatro com imitação de wrestling mas o interessante é ver como os locais reagem com emoção às lutas! Custa 50Bs mas também pode ir com agência (90Bs) e tem o transporte incluído.

La Paz – Uyuni:

Para esta viagem de noite, escolhemos a melhor companhia da Bolívia (não há muitas) em que pelo menos existia cinto de segurança (em todas as outras viagens que fizemos de autocarro, nunca houve!). A empresa é a “Todo Turismo”, encontra-se um pouco mais abaixo do terminal de buses e o preço é de 270 Bs (com comida a bordo). Contudo, a viagem vale a pena ser feita de dia pois as paisagens são, pelo que nos disseram os locais, muito bonitas!

Uyuni:

Uyuni é uma cidade essencialmente virada para o turismo e por isso de pouco interesse. É o ponto de partida mais próximo para o Salar de Uyuni, que pode visitar num dia (apenas o Salar) ou em 3 dias (tour pelo Salar e Sul Lipez).

Salar de Uyuni

Salar e Sul Lipez:

Das paisagens mais incríveis que já vimos, parecem de outro planeta: lagunas cheias de cores vivas (vermelho, azul, verde), vulcões impressionantes, geysers no deserto, uma ilha de cactos, um horizonte de sal, animais selvagens (vicunhas, viscacha, flamingos…) entre outras coisas maravilhosas.

A agência que escolhemos foi uma empresa familiar, a Yurajh Tika Expediciones. São muito profissionais e divertidos, recomendamos a 100% pois não são muitas as agências tão honestas quanto esta. Custa 800 Bs por pessoa para 3 dias e 2 noites, para além do transporte, inclui comida/água e alojamento (fantástico hotel de sal na primeira noite e dormitório básico e colectivo na segunda noite).

Sucre:

A 2810 metros de altitude, Sucre é a capital constitucional da Bolívia e tem um clima mais agradável que o altiplano (Uyuni e La Paz). É considerada a “cidade branca” pelas casas pintadas desta cor. Também tem muitos jovens e estudantes pelo facto da universidade ser das mais antigas e reconhecidas do país. Vale a pena subir ao mirador de la Recoleta pela vista sobre a cidade e as montanhas ao redor. A nossa viagem já estava quase a acabar e por isso aproveitámos o bom tempo para descansar e aproveitar a cidade de forma mais relaxada.

Sucre

 

Sucre – Santa Cruz:

Viagem de 40 minutos de avião (40€, pela “Boliviana de Aviación”) para poupar 12 horas de viagem de autocarro.

Santa Cruz:

Pelo clima e pela baixa altitude, a cidade pareceu-nos quase tropical. A cidade tem uma praça bonita, em que os locais gostam de passear e beber café vendido por ambulantes. Contudo, apenas ficámos uma noite em Santa Cruz pois no dia seguinte, já tínhamos o voo de regresso a Portugal.

Texto e Fotografias por Sarah e Nuno 

 

Para mais informações sobres esta fabulosa viagem podem consultar a página deles

Viagens Daqui para ali

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Somos a Marina e o Axel, um casal ¾ português e ¼ francês, que viaja sempre que pode. Com este blogue queremos mostrar-vos a nossa maneira de viajar, totalmente personalizada e totalmente livre, longe dos aborrecidos roteiros pré-feitos que abarrotam de turistas.

Queremos ajudar-vos a viajar mais e melhor e, como nós, a Viver cada Destino.

O Ponto Médico

Sendo médica de família também tenho outro blogue dedicado à Saúde Materna e Infantil. Se tiverem interesse podem consultar a página aqui.

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